Em 25 de Abril de 2017.
No dia 25 de Abril de 2017 aconteceu no Campus Universitário do Tocantins/Cametá a IV sessão de estudo e discussão do Projeto de Pesquisa: Formação, Trabalho e Universidade o qual teve início às 16:30hs e como palestrante a Profª. Drª. Maria Sueli Correa dos Prazeres, na ocasião esteve presente também o professor Dr. Eraldo Souza do Carmo e a Profª. Msc. Benilda Miranda V. Silva, e também os bolsistas: Reliane W. de Souza, Gilvandro F. de Medeiros, Adelmo V. Wanzeler, Alessandro de Sá Guedes, Vadivaldo Gonçalves Pereira, e os novos pesquisadores voluntários, Cristiane Valente Cunha, Ainda dos Santos Barra, Ana Cláudia Valente Ferreira, Raiane Patrícia V. de Assunção, que fazem parte da equipe de formação do projeto.
A priori o
Professor Eraldo fez uma saudação aos novos integrante do grupo, assim como, os
objetivos do projeto de pesquisa e os planos de trabalhos com suas especificas
linhas de campo de atuação vinculada ao projeto geral.
Após a professora Sueli dá inicio a discussão do texto: Tecnologia e
meios comunicacionais na educação: A necessária reflexão sobre formação e
trabalho docente. Da autora Maria José Dozza Subtil. Trabalhando alguns pontos
necessário para a discussão
Tecnologias, Formação e Trabalho docente na
perspectiva marxista
a)Dimensão dialética
b)Dimensão contraditória
c) Os processos históricos e sociais
d) Mediações no uso das tecnologias;
e) Inclusão de alunos e professores no universo da cultura digital
DIMENSÃO CONTRADITÓRIA
[...] parece consenso hoje dizer que as tecnologias digitais estão há
mais de duas décadas integradas e incorporadas às práticas de estudo, lazer ,
comunicação e ao consumo de modo geral.
Importa ressalvar que isso não acontece da mesma forma e na mesma
dimensão para todos, na sociedade capitalista, dividida em classes antagônicas.
(SUBTIL, 2013, p. 403).
[...] Para além da dimensão educacional, importa considerá-los como
insumos fundamentais no mundo do trabalho na perspectiva do desenvolvimento e
da acumulação capitalista em sua fase mais avançada tecnologicamente, mas
contraditoriamente mais perversa na exploração do trabalho e da natureza.
(SUBTIL, 2013, p. 403).
Sociedade capitalista = contradição
Como se chegou a esse quadro dramático de concentração de riqueza, ao
ponto de a economia privilegiar 1% da população mundial em detrimento dos 99%
restante?
Como se justifica que a riqueza de menos de três dúzias de pessoas na
América Latina equivale à da metade da população mais pobre da região junta?
DIMENSÃO CONTRADITÓRIA
[...] considerada em si mesma, a maquinaria encurta o tempo de trabalho,
ao passo que, utilizada de modo capitalista, ela aumenta a jornada de trabalho;
como, por si mesma, ela facilita o trabalho, ao passo que, utilizada de modo
capitalista, ela aumenta sua intensidade; como, por si mesma, ela é uma vitória
do homem sobre as forças da natureza, ao passo que, utilizada de modo
capitalista, ela subjuga o homem por intermédio das forças da natureza; como,
por si mesma, ela aumenta a riqueza do produtor, ao passo que, utilizada de
modo capitalista, ela o empobrece [...]. (MARX, 2013, p. 513).
[...] mediações entre pessoas, máquinas, conhecimentos e modos de fazer
tanto na sociedade, quanto na escola, mas também como tributárias de um poder
simbólico que em última instância reforçam a dominação de classe pela detenção
do capital econômico. (p. 403).
[...] tanto os conhecimentos quanto as tecnologias não prescindem das
mediações de processos cognitivos e sociais (relações entre professores e
alunos), fundantes a nosso ver da verdadeira relação pedagógica. (p. 403).
[...] refletir sobre trabalho docente e tecnologias significa tomar
distância, debruçar-se sobre o tema, retornar a esses objetos e modos de fazer
que estão presentes nas relações pedagógicas – presenciais e a distancia - ,
são históricos e sociais
Uma história crítica da tecnologia provaria o quão pouco qualquer
invenção do século XVIII pode ser atribuída a único indivíduo. [...] A
tecnologia desvela a atitude ativa do homem em relação à natureza, o processo
imediato de produção de sua vida. (MARX, 2013, p. 446).
Que possibilidades (e limites) de humanização essas tecnologias/meios
comportam na realização das potencialidades humanas para além da passividade e
submissão ao consumo promovido pelas demandas do mercado capitalista
globalizado?
Essa relativa naturalização e integração aos diferentes modos de uso não
significa conhecimento embasado sobre as tecnologias, seus fundamentos,
possibilidades e limites, em especial no que tange à educação. (p. 403)
Quais processos educativos podem dar conta, ainda que de forma
incompleta das demandas da formação humana nesta sociedade com imperativos
tecnológicos e midiáticos avassaladores?
Como a escola pode se apropriar
dialeticamente dos artefatos tecnológicos sem descurar das capacidades
cognitivas que estão na base de todo o arcabouço didático pedagógico e
comunicacional (oralidade, escrita, leitura, memória, experiências digitais)?
Como estabelecer mediações no sentido
de apropriar-se das possibilidades que a cultura digital proporciona,
sem tornar-se alienado diante da sedução do mundo midiático e tecnológico?
Refletimos sobre as injunções das tecnologias como condicionantes e determinantes
na formação de professores e na atuação docente tendo em vista os processos de
inclusão excludente que caracterizam as relações entre sujeitos e
tecnologias/meios digitais, particularmente os mais pobres. (p. 404).
[...] a formação de professores deve incidir sobre os aspectos técnicos
das TIC, o desenvolvimento de conteúdo e sobre as possibilidades potenciais e
os desafios das TIC”. (CGIBR, 2014, p. 47).
Dimensão ontológica da educação
Considerando-se
a educação como o ato de produzir direta e intencionalmente em cada indivíduo
singular a humanidade que é produzida historicamente pelo conjunto dos homens
(SAVIANI, 2000), é importante concebê-la em seu sentido ontológico original de
estar a serviço da satisfação das necessidades humanas. (p. 406).
[...] formar
com as tecnologias e para o uso crítico e criativo das tecnologias
conhecendo-as em sua gênese histórica e social, compreendendo sua função, o que
veiculam e a que projeto de sociedade remetem. (p. 404)
[...]
tecnologias/meios e educação – cabe sempre reforçar o fim último da mesma que é
elevar o homem (singular) à condição de gênero (universal) socializando os
conhecimentos da ciência e da cultura historicamente produzidos e acumulados,
proporcionando o exercício da liberdade. (p. 407)
Dimensão da inclusão
É PRECISO
PROBLEMATIZAR E REFLETIR SOBRE ESSA DIMENSÃO CONTRADITÓRIA NA AMAZÔNIA!
ü A tecnologia trás as marcas do capitalismo
ü A tecnologia não é somente máquinas, ela é
insumo, é mediação.
REFERÊNCIA
SUBTIL,
Maria José Dozza. Tecnologia e meios comunicacionais na educação: A necessária
reflexão sobre formação e trabalho docente. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, nº 52, p. 402-415, setembro
2013.
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