quinta-feira, 1 de junho de 2017

IV SESSÃO DE ESTUDO

Em 25 de Abril de 2017.

No dia 25 de Abril de 2017 aconteceu no Campus Universitário do Tocantins/Cametá a IV sessão de estudo e discussão do Projeto de Pesquisa: Formação, Trabalho e Universidade o qual teve início às 16:30hs e como palestrante a Profª. Drª. Maria Sueli Correa dos Prazeres, na ocasião esteve presente também o professor Dr. Eraldo Souza do Carmo e a Profª. Msc. Benilda Miranda V. Silva, e também os bolsistas: Reliane W. de Souza, Gilvandro F. de Medeiros, Adelmo V. Wanzeler, Alessandro de Sá Guedes, Vadivaldo Gonçalves Pereira, e os novos pesquisadores voluntários, Cristiane Valente Cunha, Ainda dos Santos Barra, Ana Cláudia Valente Ferreira, Raiane Patrícia V. de Assunção, que fazem parte da equipe de formação do projeto.
A priori o Professor Eraldo fez uma saudação aos novos integrante do grupo, assim como, os objetivos do projeto de pesquisa e os planos de trabalhos com suas especificas linhas de campo de atuação vinculada ao projeto geral.


Após a professora Sueli dá inicio a discussão do texto: Tecnologia e meios comunicacionais na educação: A necessária reflexão sobre formação e trabalho docente. Da autora Maria José Dozza Subtil. Trabalhando alguns pontos necessário para a discussão


Tecnologias, Formação e Trabalho docente na perspectiva marxista
a)Dimensão dialética
b)Dimensão contraditória
c) Os processos históricos e sociais
d) Mediações no uso das tecnologias;
e) Inclusão de alunos e professores no universo da cultura digital

DIMENSÃO CONTRADITÓRIA
[...] parece consenso hoje dizer que as tecnologias digitais estão há mais de duas décadas integradas e incorporadas às práticas de estudo, lazer , comunicação e ao consumo de modo geral.

Importa ressalvar que isso não acontece da mesma forma e na mesma dimensão para todos, na sociedade capitalista, dividida em classes antagônicas. (SUBTIL, 2013, p. 403).
[...] Para além da dimensão educacional, importa considerá-los como insumos fundamentais no mundo do trabalho na perspectiva do desenvolvimento e da acumulação capitalista em sua fase mais avançada tecnologicamente, mas contraditoriamente mais perversa na exploração do trabalho e da natureza. (SUBTIL, 2013, p. 403).
Sociedade capitalista = contradição
Como se chegou a esse quadro dramático de concentração de riqueza, ao ponto de a economia privilegiar 1% da população mundial em detrimento dos 99% restante?
Como se justifica que a riqueza de menos de três dúzias de pessoas na América Latina equivale à da metade da população mais pobre da região junta?

DIMENSÃO CONTRADITÓRIA
[...] considerada em si mesma, a maquinaria encurta o tempo de trabalho, ao passo que, utilizada de modo capitalista, ela aumenta a jornada de trabalho; como, por si mesma, ela facilita o trabalho, ao passo que, utilizada de modo capitalista, ela aumenta sua intensidade; como, por si mesma, ela é uma vitória do homem sobre as forças da natureza, ao passo que, utilizada de modo capitalista, ela subjuga o homem por intermédio das forças da natureza; como, por si mesma, ela aumenta a riqueza do produtor, ao passo que, utilizada de modo capitalista, ela o empobrece [...]. (MARX, 2013, p. 513).  
[...] mediações entre pessoas, máquinas, conhecimentos e modos de fazer tanto na sociedade, quanto na escola, mas também como tributárias de um poder simbólico que em última instância reforçam a dominação de classe pela detenção do capital econômico. (p. 403).
[...] tanto os conhecimentos quanto as tecnologias não prescindem das mediações de processos cognitivos e sociais (relações entre professores e alunos), fundantes a nosso ver da verdadeira relação pedagógica. (p. 403).
[...] refletir sobre trabalho docente e tecnologias significa tomar distância, debruçar-se sobre o tema, retornar a esses objetos e modos de fazer que estão presentes nas relações pedagógicas – presenciais e a distancia - , são históricos e sociais
Uma história crítica da tecnologia provaria o quão pouco qualquer invenção do século XVIII pode ser atribuída a único indivíduo. [...] A tecnologia desvela a atitude ativa do homem em relação à natureza, o processo imediato de produção de sua vida. (MARX, 2013, p. 446).
Que possibilidades (e limites) de humanização essas tecnologias/meios comportam na realização das potencialidades humanas para além da passividade e submissão ao consumo promovido pelas demandas do mercado capitalista globalizado?
Essa relativa naturalização e integração aos diferentes modos de uso não significa conhecimento embasado sobre as tecnologias, seus fundamentos, possibilidades e limites, em especial no que tange à educação. (p. 403)
Quais processos educativos podem dar conta, ainda que de forma incompleta das demandas da formação humana nesta sociedade com imperativos tecnológicos e midiáticos avassaladores?
 Como a escola pode se apropriar dialeticamente dos artefatos tecnológicos sem descurar das capacidades cognitivas que estão na base de todo o arcabouço didático pedagógico e comunicacional (oralidade, escrita, leitura, memória, experiências digitais)?
Como estabelecer mediações no sentido  de apropriar-se das possibilidades que a cultura digital proporciona, sem tornar-se alienado diante da sedução do mundo midiático e tecnológico? 
Refletimos sobre as injunções das tecnologias como condicionantes e determinantes na formação de professores e na atuação docente tendo em vista os processos de inclusão excludente que caracterizam as relações entre sujeitos e tecnologias/meios digitais, particularmente os mais pobres. (p. 404).
[...] a formação de professores deve incidir sobre os aspectos técnicos das TIC, o desenvolvimento de conteúdo e sobre as possibilidades potenciais e os desafios das TIC”. (CGIBR, 2014, p. 47).

Dimensão ontológica da educação
Considerando-se a educação como o ato de produzir direta e intencionalmente em cada indivíduo singular a humanidade que é produzida historicamente pelo conjunto dos homens (SAVIANI, 2000), é importante concebê-la em seu sentido ontológico original de estar a serviço da satisfação das necessidades humanas. (p. 406).
[...] formar com as tecnologias e para o uso crítico e criativo das tecnologias conhecendo-as em sua gênese histórica e social, compreendendo sua função, o que veiculam e a que projeto de sociedade remetem. (p. 404)
[...] tecnologias/meios e educação – cabe sempre reforçar o fim último da mesma que é elevar o homem (singular) à condição de gênero (universal) socializando os conhecimentos da ciência e da cultura historicamente produzidos e acumulados, proporcionando o exercício da liberdade. (p. 407)

Dimensão da inclusão
É PRECISO PROBLEMATIZAR E REFLETIR SOBRE ESSA DIMENSÃO CONTRADITÓRIA NA AMAZÔNIA!
ü  A tecnologia trás as marcas do capitalismo
ü  A tecnologia não é somente máquinas, ela é insumo, é mediação.
ü  O capital cria necessidade pra criação de produtos para o mercado e assim se mantém no poder.




REFERÊNCIA


SUBTIL, Maria José Dozza. Tecnologia e meios comunicacionais na educação: A necessária reflexão sobre formação e trabalho docente. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, nº 52, p. 402-415, setembro 2013. 

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